No mundo da extração de petróleo e gás, a perfuração é uma atividade fundamental. É o processo pelo qual poços são criados para acessar reservatórios subterrâneos de petróleo ou gás. Esses recursos são obtidos principalmente por meio de dois métodos: perfuração em terra e perfuração em alto mar, o chamado onshore e offshore. Veja como cada um funciona:
Diferença da extração de petróleo onshore e offshore
A principal diferença entre as duas modalidades está na localização dos reservatórios. Enquanto a exploração onshore ocorre em terra firme, a offshore acontece no mar, em áreas profundas. No Brasil, é a produção offshore, especialmente nas camadas do pré-sal, que lidera a extração de petróleo e gás.
Na prática, a exploração onshore consiste na perfuração de poços em terra para retirar petróleo e gás natural de reservatórios subterrâneos. Historicamente, foi essa modalidade que deu início à indústria petrolífera brasileira, com destaque para a Bacia do Recôncavo, na Bahia.
Já a exploração offshore é feita no mar, utilizando plataformas gigantescas e complexas. É hoje a principal fronteira da produção brasileira, responsável pela maior parte do petróleo e gás extraído no país.
Como funciona a perfuração onshore?
A perfuração onshore ocorre em solo, em regiões onde as reservas de petróleo podem ser acessadas a partir da superfície, como desertos, planícies ou florestas. As operações começam com levantamentos geológicos e análise de dados para identificar potenciais reservatórios de petróleo.
Após a escolha do local, as sondas de perfuração são transportadas e instaladas em terra. Elas podem variar em tamanho e complexidade, conforme a profundidade e as características geológicas do poço. O processo envolve a inserção de uma broca fixada na base de uma coluna de perfuração, que gira para cortar camadas de rocha e sedimentos até alcançar as formações petrolíferas.
Durante o processo, circulam fluidos de perfuração — conhecidos como lama — pela coluna, lubrificando a broca, resfriando o equipamento e trazendo fragmentos de rocha à superfície. À medida que o poço é aprofundado, são instalados revestimentos de aço e cimentados para garantir estabilidade e segurança.
Quando a perfuração atinge a profundidade planejada, o poço passa por avaliação e testes que determinam sua produtividade potencial. Caso seja considerado comercialmente viável, ele entra na fase de completação, com instalação de equipamentos que o preparam para a extração do petróleo ou gás natural.
Prós da perfuração onshore
- Custo-benefício: em geral, a perfuração onshore é mais econômica do que as operações offshore.
- Acessibilidade: a logística em terra é mais simples, com acesso facilitado a equipamentos e equipes.
- Tecnologia consolidada: por ser uma técnica centenária, conta com amplo conhecimento e práticas maduras.
Contras da perfuração onshore
- Conflitos de uso do solo: pode competir com atividades agrícolas, residenciais ou ambientais.
- Impacto ambiental: riscos de contaminação de solo e água, além de degradação ambiental.
- Oposição pública: ruído, ocupação de áreas e riscos ambientais geram resistência em comunidades locais.

Como é a exploração offshore de petróleo
Para atender à demanda global por combustíveis fósseis, empresas do setor investiram bilhões no desenvolvimento de operações offshore, expandindo suas fronteiras em busca de novas reservas nas águas ultraprofundas dos oceanos.
A perfuração offshore apresenta desafios únicos, devido às condições climáticas adversas, à profundidade das águas e à necessidade de equipamentos de alta tecnologia. As sondas de perfuração são instaladas em plataformas fixas, estruturas semissubmersíveis ou navios-sonda, dependendo da profundidade e das condições do ambiente marinho.
O procedimento é semelhante ao da perfuração em terra, com a principal diferença sendo o ambiente e a complexidade da operação. Os fluidos de perfuração continuam essenciais para lubrificação e transporte de cascalhos de rocha, enquanto técnicas de perfuração direcional permitem atingir reservatórios localizados em diferentes ângulos sob o leito marinho.
Quando o poço é finalizado, passa por testes e avaliações. Se aprovado, entra em operação com rígidos protocolos de segurança para proteger o meio ambiente e as equipes que atuam na plataforma.

Prós da perfuração offshore
- Acesso a grandes reservas: viabiliza a exploração de extensos campos de petróleo e gás em áreas marinhas profundas.
- Menos conflitos territoriais: reduz interferências com atividades urbanas e agrícolas.
- Avanços tecnológicos: permite operações em profundidades antes inacessíveis.
Contras da perfuração offshore
- Custos elevados: exige investimentos altos em tecnologia e manutenção.
- Desafios técnicos: as condições extremas aumentam a complexidade e o risco operacional.
- Regulamentação rigorosa: sujeita a normas ambientais e de segurança mais restritivas.
E a extração de petróleo no Brasil?
A exploração de petróleo em terra teve papel crucial na história do setor no Brasil. As primeiras produções comerciais começaram na Bahia, em 1939, com o campo de Lobato. Desde então, a atividade se expandiu para o Rio Grande do Norte, Sergipe e Espírito Santo.
Nos últimos anos, o setor onshore ganhou novo impulso. Com a venda de campos terrestres pela Petrobras, surgiram oportunidades para empresas independentes e de médio porte, que têm investido em tecnologia e recuperação de poços maduros – áreas que ainda guardam potencial produtivo.
Apesar do avanço onshore, é no mar que se concentra a maior parte da produção nacional. As plataformas offshore, especialmente nas bacias de Campos, Santos e Espírito Santo, são responsáveis pelo protagonismo brasileiro no setor. E o pré-sal é o maior destaque.
Descoberta em 2006 no Brasil, essa camada geológica, localizada a mais de sete mil metros de profundidade sob espessas camadas de sal, concentra estimativas entre 70 e 100 bilhões de barris de petróleo e gás natural. Com isso, o país se consolida entre os países com maiores reservas do mundo.
O campo de Tupi, na Bacia de Santos, foi um marco para o pré-sal. O avanço tecnológico reduziu custos em até 40%, e um único poço pode produzir mais de 50 mil barris por dia, demonstrando a força da produção offshore brasileira. As informações são do governo federal.
A exploração tupiniquim está dividida assim:
Exploração onshore: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Rio Grande do Norte e Sergipe concentram campos maduros e tradicionais, muitos deles em operação há décadas.
Exploração offshore: Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo abrigam as maiores reservas do país, incluindo a camada do pré-sal.
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