Em ambientes industriais, o controle de temperatura é um dos fatores mais críticos para garantir qualidade, segurança e eficiência nos processos. Entre os dispositivos responsáveis por essa medição, os termopares e RTDs são os mais utilizados. No entanto, como todo componente sujeito a desgaste, esses sensores também têm vida útil e precisam ser substituídos periodicamente, antes que comprometam a operação.
Saber quando trocar o sensor de temperatura é fundamental para garantir confiabilidade nos processos industriais. Monitorar os sinais de desgaste, adotar cronogramas de calibração e investir em sensores de qualidade são medidas que reduzem custos de manutenção e evitam paradas inesperadas. Saiba quando a troca é necessária.
Quando substituir o sensor de temperatura?
Não existe um prazo universal para a substituição de sensores de temperatura, pois sua vida útil varia conforme a aplicação, o ambiente e as condições de operação. Em processos críticos, como fornos industriais, petroquímica, siderurgia e indústria de alimentos, a troca preventiva é a estratégia mais segura. Nesses casos, recomenda-se definir a troca com base em horas de operação, quantidade de ciclos térmicos ou resultados das calibrações periódicas.
A alteração corretiva, por sua vez, deve ser realizada sempre que inspeções, testes ou calibrações identificarem degradação ou falha no sensor. Manter um termopar ou RTD com desempenho comprometido aumenta o risco de paradas não programadas, eleva o consumo de energia e afeta diretamente a qualidade do produto final.
Dito isso, alguns sinais claros indicam que o momento da substituição chegou:
1 – Leituras de temperatura imprecisas: tanto termopares quanto RTDs podem apresentar leituras incoerentes com os valores reais do processo. No caso dos termopares, isso geralmente ocorre por oxidação, degradação da junção ou contaminação. Nos RTDs, leituras imprecisas podem ser causadas por alterações na resistência do elemento, intrusão de umidade ou falhas de isolamento. Em ambos os casos, leituras incorretas podem levar a superaquecimento, subaquecimento e perda de qualidade do produto.
2 – Desvio nas leituras (drift): com o uso contínuo, os dois tipos de sensores podem sofrer “desvio”. Em termopares, o drift aparece devido a alterações metalúrgicas causadas por altas temperaturas e atmosferas agressivas. Já em RTDs, o elemento resistivo pode mudar suas características devido a estresse térmico ou contaminação. A calibração periódica ajuda a identificar esse desvio e a determinar o momento de substituição.
3 – Danos físicos: termopares e RTDs podem apresentar corrosão, curvatura, depósito de resíduos ou fragilidade na região sensora. Nos termopares, a junção é especialmente sensível; nos RTDs, fissuras, cabos danificados ou entrada de umidade comprometem a estabilidade da resistência. Qualquer dano físico impacta diretamente a precisão do sensor.
4 – Aumento no tempo de resposta ou no ciclo térmico: quando termopares ou RTDs começam a responder mais lentamente às variações de temperatura, o controle do processo se torna instável. Em termopares, isso costuma ocorrer por oxidação e contaminação da ponta sensora. Em RTDs, pode ser causado por perdas de isolamento, acúmulo de materiais ou degradação do elemento resistivo. Essa lentidão pode resultar em ciclos de forno mais longos e baixa eficiência operacional.
5 – Necessidade frequente de calibração: embora termopares e RTDs demandem calibração como parte da manutenção regular, um aumento anormal na frequência indica desgaste ou degradação interna. No termopar, isso pode significar alteração dos metais condutores. No RTD, variação na resistência, fios danificados ou intrusão de umidade.
6 – Instabilidade ou ruídos na leitura: conexões frouxas, cabos danificados, vibração ou oxidação afetam ambos os sensores. Em termopares, mau contato altera o sinal em milivolts; em RTDs, mudanças na resistência dos condutores (especialmente em configurações de 2, 3 ou 4 fios) geram erros significativos. Leituras instáveis são fortes sinais de falha iminente.
Confira: o que é a calibração dos sensores de temperatura
O que causa falha no sensor de temperatura?
Sensores de temperatura, incluindo termopares e RTDs, podem se degradar ou falhar por diversos motivos:
- Estresse ambiental: calor, umidade ou materiais corrosivos degradam o sensor.
- Tensão mecânica: dobrar, esmagar ou vibrar pode romper os fios internos.
- Problemas elétricos: sobretensão ou interferência eletromagnética podem afetar a qualidade do sinal.
- Idade/Desgaste: todos os sensores se degradam com o tempo e o uso.
- Contaminação: sujeira ou óleo podem interferir na ponta do sensor.
- Calibração inadequada: desvio ou imprecisão devido a uma calibração deficiente ou configurações de entrada incorretas.
Dica: a manutenção regular e a instalação correta podem ajudar a prevenir falhas nos sensores.
Dicas para aumentar a vida útil dos sensores
Para que funcionem bem por mais tempo, o primeiro passo é a especificação correta do sensor, após isto, cuidar das instalações. Termopares e outros sensores precisam de conexões firmes e proteção contra vibrações. Seguir o manual do fabricante evita erros que podem reduzir a durabilidade do equipamento. Um sensor mal fixado ou exposto a impacto dificilmente vai entregar medições confiáveis.
A manutenção regular também é indispensável. Inspeções frequentes ajudam a detectar corrosão, desgaste e ruído elétrico antes que o problema cresça. Calibrar o sensor periodicamente mantém a precisão e reduz o risco de falhas no sistema.
Outro ponto que costuma ser ignorado é o ambiente. Locais com umidade, poeira ou produtos químicos aceleram o envelhecimento do sensor. Capas protetoras e barreiras simples já fazem diferença na hora de preservar o equipamento.
A escolha do modelo também conta. Cada tipo de termopar tem limites específicos de temperatura e resistência. Usar o sensor errado para determinada aplicação é apostar numa falha precoce.
Por fim, é essencial treinar a equipe. Profissionais que entendem o funcionamento do sensor conseguem identificar sinais de alerta e agir rápido.
Siga essas dicas:
- Escolha o tipo de termopar adequado ao processo
- Use poços de proteção compatíveis com o ambiente e a faixa de temperatura.
- Evite exposição direta a gases corrosivos e umidade.
- Realize calibrações periódicas conforme normas como ISO 9001 e IEC 60584.
- Registre os históricos de desvio para identificar tendências de degradação.
- Mantenha registros da vida útil dos termopares, dados de calibração e datas de substituição. Essa documentação pode ajudar a prever futuras necessidades de substituição e identificar padrões ou problemas com as operações do forno.
Onde comprar sensores de temperatura de qualidade?
Chegou a hora de trocar o sensor de temperatura ou de realizar a calibração obrigatória? A escolha do fornecedor é decisiva e a resposta para a qualidade é simples: Alutal.
A Alutal é considerada uma das maiores fabricantes de sensores de temperatura do Brasil, e é referência nacional e internacional em instrumentação de processos e soluções de controle e medição.
O que a Alutal oferece?
- Termopares e Termoresistências (RTDs): o carro-chefe da medição de temperatura. Produzidos com rastreabilidade e conforme padrões rigorosos.
- Cabos de Extensão e Compensação: essenciais para a ligação precisa do sensor ao instrumento de leitura.
- Poços de Proteção (Termowells): componentes que aumentam a vida útil do sensor em ambientes agressivos.
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Perguntas Frequentes
Um termopar é um sensor formado por dois condutores de metais diferentes unidos em uma extremidade. Quando existe diferença de temperatura entre essa junção e o outro lado do circuito, o conjunto gera uma tensão elétrica proporcional. Diferentemente de outros métodos de medição, o termopar é autogerado, ou seja, não precisa de alimentação externa para funcionar. Por isso, ele é utilizado em aplicações industriais, especialmente em altas temperaturas.
Um RTD (Detector de Temperatura por Resistência) é um sensor que mede temperatura a partir da variação de resistência elétrica do seu elemento interno, normalmente de platina. Conforme a temperatura aumenta, a resistência também cresce, seguindo uma relação resistência-temperatura bem definida e altamente repetível. Isso garante medições estáveis, precisas e consistentes ao longo do tempo.



