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O que são emissões fugitivas e por que são perigosas

Silenciosas, as emissões fugitivas exigem tecnologias avançadas de monitoramento e controle

As emissões fugitivas são consideradas uma das fontes mais silenciosas e perigosas de poluição atmosférica. São vazamentos quase imperceptíveis de gases industriais que escapam por válvulas, conexões e dutos, contribuindo significativamente para o aquecimento global e para a degradação da qualidade do ar.

A ameaça é dupla: ambiental e econômica. Além de liberar gases de efeito estufa, como o metano, até 25 vezes mais potente que o dióxido de carbono, esses vazamentos representam perda de matéria-prima e riscos à saúde dos trabalhadores.

O que são emissões fugitivas

Emissões fugitivas são liberações não intencionais de gases ou vapores na atmosfera, originadas principalmente em processos industriais. São diferentes das emissões controladas, como as de chaminés ou ventiladores, pois não passam por sistemas de monitoramento direto.

E mesmo quando uma planta industrial parece operar normalmente, pequenas quantidades de gás escapam continuamente, geralmente em concentrações medidas em partes por milhão (ppm). Entre os principais compostos estão o metano, os compostos orgânicos voláteis (COVs) e gases tóxicos, como o sulfeto de hidrogênio.

As causas são diversas, e podem surgir por causa do desgaste natural de componentes, falhas de vedação, projeto inadequado de equipamentos ou erros de instalação. Entre as mais comuns estão:

Desgaste do equipamento: vedações, juntas e conexões se deterioram com o tempo, provocando vazamentos.

Instalação ou manutenção inadequada: componentes instalados incorretamente ou sem manutenção adequada aumentam o risco de vazamentos.

Flutuações de pressão e temperatura: mudanças repentinas podem causar expansão ou contração do material, resultando em rachaduras ou conexões soltas.

Erro humano: falhas operacionais ou treinamento insuficiente podem gerar emissões.

Infraestrutura envelhecida: instalações antigas, sem atualização tecnológica, são mais propensas a problemas de vedação.

Principais fontes de emissões fugitivas

As principais fontes de emissões fugitivas estão ligadas a setores industriais de grande porte. Na indústria de petróleo e gás, os vazamentos acontecem em válvulas, bombas, compressores, flanges e tanques de armazenamento. Esse setor é um dos maiores responsáveis pelo escape de metano, especialmente em operações de extração e refino.

Já na indústria química e petroquímica, as emissões podem surgir durante o transporte de matérias-primas e na manipulação de solventes e reagentes. O setor de mineração também contribui, liberando gases em etapas de beneficiamento e transporte. Em instalações de energia, especialmente termelétricas e plantas nucleares, as emissões fugitivas estão relacionadas a sistemas de vedação, conexões e equipamentos de alta pressão.

Além disso, o setor agrícola tem um papel relevante, principalmente em atividades ligadas ao manejo de dejetos e à fermentação entérica de animais, que liberam metano e amônia. Sistemas de esgoto e aterros sanitários também são fontes importantes, pois liberam gases provenientes da decomposição de matéria orgânica.

Quais problemas podem surgir de emissões fugitivas?

A liberação de gases de efeito estufa na atmosfera, como vimos anteriormente, é o mais grave dos efeitos negativos causados ​​por emissões fugitivas. O efeito estufa contribui para o aumento das temperaturas, o que leva a uma consequência extremamente negativa que todos conhecemos: o aquecimento global.

O metano, o componente predominante, é um potente gás de efeito estufa. Seu potencial de aquecimento global é mais de 20 vezes maior que o do dióxido de carbono em um período de 100 anos. Isso amplifica seu impacto nas mudanças climáticas.

Além disso, as emissões fugitivas podem contribuir para a degradação da qualidade do ar, representando riscos à saúde humana e potenciais perigos para os ecossistemas. Esses poluentes podem causar problemas respiratórios, doenças cardíacas e outros problemas de saúde. Também podem prejudicar a vida selvagem e a vegetação, levando a desequilíbrios ecológicos mais amplos.

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Emissões fugitivas e legislações

Embora ainda não exista uma regulamentação federal específica sobre emissões fugitivas no Brasil, muitas empresas seguem padrões internacionais, como as normas API 624 e API 622, que garantem menores níveis de emissões e conformidade com políticas globais de sustentabilidade.

Nos Estados Unidos, a Agência de Proteção Ambiental (EPA) adota o Método 21, que define critérios de medição e limites de até 100 ppm para vazamentos em válvulas. Na Europa, a norma ISO 15848 vai além, estabelecendo padrões rigorosos de desempenho de vedação para válvulas para gases e vapores. Essa norma é crucial, pois ela classifica o desempenho das válvulas em diferentes ciclos operacionais e temperaturas, tornando-se o principal referencial para a especificação de equipamentos Low Emissions (Baixa Emissão).”

Essas referências estão alinhadas a compromissos internacionais, como o Acordo de Paris, que reforça a necessidade de reduzir as emissões de metano como parte dos esforços globais de mitigação climática.

Do ponto de vista industrial, controlar as emissões fugitivas não é apenas uma exigência ambiental, mas também uma decisão econômica: o vazamento de gases representa perda direta de matéria-prima e energia.

Prevenção

A principal estratégia de controle é a adoção de programas de detecção e reparo de vazamentos (LDAR), já obrigatórios em diversos países. Câmeras infravermelhas, detectores portáteis de gás e drones com sensores são usados para identificar vazamentos invisíveis.

Outras medidas eficazes incluem:

  • Uso de válvulas de alta integridade, flanges e juntas de alto desempenho;
  • Manutenção preventiva e utilização de materiais certificados;
  • Instalação de sensores de monitoramento em válvulas e tanques críticos.

Empresas que não conseguem eliminar completamente suas emissões podem recorrer à compensação de carbono, regulamentada no Brasil pelo Decreto nº 11.075/2022, que estabelece as bases do crédito de carbono nacional.

A grande solução: válvulas

A maior parte das emissões fugitivas tem origem em válvulas com vazamento. Estudos indicam que mais da metade desses vazamentos pode ser eliminada com manutenção, atualização e substituição adequadas.

As organizações devem identificar as válvulas mais suscetíveis a falhas e substituí-las por modelos projetados para reduzir emissões de forma confiável. Isso inclui:

  • Atualização das gaxetas de vedação, principal ponto vulnerável a vazamentos;
  • Instalação de sensores de monitoramento de posição e pressão;
  • Uso de controladores de baixa ventilação;
  • Avaliação da viabilidade de atuadores elétricos em substituição a pneumáticos, evitando a ventilação direta para a atmosfera.

Por que investir em válvulas compatíveis com emissões fugitivas:

  • Proteção ambiental: reduz a liberação de gases nocivos e protege comunidades próximas.
  • Redução de custos: evita o desperdício de recursos valiosos, como gás natural e vapor.
  • Segurança: diminui o risco de incêndios e explosões, aumentando a confiabilidade operacional.

Portanto, adotar válvulas de controle de emissões fugitivas é essencial para atender às normas regulatórias, proteger o meio ambiente, aumentar a segurança e fortalecer a reputação da empresa.

Como a Alutal pode ajudar

A Alutal oferece soluções confiáveis, inovadoras e modernas para a detecção e o controle de vazamentos de emissões fugitivas. Com compromisso sólido com a excelência ambiental, a empresa ajuda indústrias a operarem de forma responsável, segura e eficiente, contribuindo para os esforços globais de redução da poluição atmosférica.

Com ferramentas de ponta e soluções baseadas em dados, a Alutal auxilia seus clientes a detectar e controlar emissões com precisão, garantindo conformidade, eficiência e sustentabilidade.

À medida que o mercado industrial avança em direção a um futuro mais tecnológico e sustentável, a Alutal permanece essencial para impulsionar a inovação, otimizar o desempenho e construir um mundo mais seguro para as próximas gerações.

Anny Malagolini

Anny Malagolini é jornalista, redatora e especialista em SEO, com ampla experiência na produção de conteúdos estratégicos para web.

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